Você sabe porque a OSTEOPOROSE é mais comum em mulheres?
O dia 20 de outubro é o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, campanha dedicada à conscientização da prevenção, do diagnóstico e do tratamento da osteoporose. Essa doença, que geralmente só é diagnosticada quando o paciente sofre uma fratura e precisa de atendimento médico, afeta 200 milhões de pessoas no mundo e 10 milhões de brasileiros.
Para se ter uma ideia, os custos com a osteoporose no Brasil giram em torno de 1,2 bilhão de reais. Desse valor, 733,5 milhões estão associados à perda de produtividade dos pacientes e 234 milhões e 162,5 milhões de reais representam os gastos com hospitalização e custos cirúrgicos, respectivamente. Tendo em vista a importância dessa condição, preparei um texto explicando um pouco sobre essa doença.
O que é osteoporose?
A osteoporose é uma condição de saúde na qual há o enfraquecimento dos ossos, tornando-os frágeis e mais propensos a fraturas. Dependendo do nível do enfraquecimento, apenas um simples espirro pode causar a quebra de alguma vértebra. Muitas pessoas não apresentam sintomas até que tenham uma fratura e necessitem de atendimento médico.
Geralmente o diagnóstico é feito através do exame de densitometria óssea. As fraturas mais comuns em pessoas com osteoporose são: pulso, quadril e vértebras.
Comparação entre a densidade da estrutura óssea em condições normais (imagens acima) e na osteoporose (imagens abaixo). Fonte: Vecteezy.
Fatores de risco da osteoporose
A perda da densidade óssea é um processo normal durante o envelhecimento, entretanto algumas pessoas perdem muito mais e em maior velocidade, o que leva à osteoporose. Além do envelhecimento, outros fatores que aumentam os riscos de desenvolver essa condição são:
- Ser mulher, uma vez que a incidência de osteoporose é maior em mulheres do que em homens, principalmente com o início da menopausa ou com a remoção dos ovários;
- Histórico familiar de osteoporose;
- Fazer uso de medicamentos a base de corticoides por um longo tempo;
- Ter ou ter tido transtornos alimentares como bulimia e anorexia;
- Não se exercitar regularmente;
- Beber ou fumar demais.
Tratamento
O tratamento da osteoporose varia de acordo com a densidade óssea do paciente, mas normalmente ocorre através do tratamento e prevenção de fraturas e o com o uso de medicamentos e suplementos para fortalecer os ossos. Além disso, os pacientes podem praticar medidas que auxiliem na redução do risco de quedas e fraturas, como:
- Se alimentar de forma saudável, prezando pelas quantidades suficientes de cálcio e vitamina D na dieta;
- Praticar exercícios regularmente, principalmente exercícios de levantamento de peso e de resistência, com acompanhamento do seu médico;
- Reduzir a ingestão de álcool;
- Parar de fumar;
- Pegar sol para estimular a produção de vitamina D.
Por que a osteoporose é mais comum em mulheres?
Como visto, as mulheres têm muito mais chances de desenvolver osteoporose do que os homens. E por que isso acontece? A resposta está relacionada aos hormônios, conhecidos como “hormônios sexuais”.
Durante os anos reprodutivos e com menstruação, as mulheres possuem uma alternação mensal entre os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona. Esses hormônios, além de regular ovulação e gravidez, possuem funções essenciais como regular a remodelação óssea e estimular o aumento da formação do osso.
Com o passar dos anos, os ovários param de produzir as mesmas quantidades de estrogênio e progesterona, chegando aos anos da menopausa. Os níveis mais baixos desses hormônios, principalmente do estrogênio, podem levar à osteoporose através da redução da densidade óssea. Sendo assim, mulheres a partir dos 45 anos e que removeram os ovários antes dessa idade devem prestar mais atenção à sua saúde óssea!
E os homens?
Os homens também passam por uma redução da testosterona, o hormônio sexual masculino, porém não é de forma tão expressiva quanto as mulheres. A maior parte dos casos de osteoporose em homens é de causa desconhecida, porém os riscos são bem maiores para aqueles que fazem uso de medicações com corticoides, abusam da ingestão de álcool ou possuem hipogonadismo (condição que leva a baixos níveis de testosterona).
Por isso esteja sempre atenta (o) à sua saúde! Em caso de dúvidas, estou à disposição! Também acompanhe os conteúdos que publico nas redes sociais @drrodrigopaixao
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Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746 | TEOT 15.322 | RQE 79113
Cirurgia de mão e microcirurgia
Referências
AZIZIYEH, R. et al. The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia, and Argentina. J. Med Econ., v. 22, n. 7, p. 638-644, 2019. doi: 10.1080/13696998.2019.1590843
NHS – NATIONAL HEALTH SERVICE. Osteopororis. Disponível em: <https://www.nhs.uk/conditions/osteoporosis/>. Acesso em: 27 Set 2022.
VIDALE, G. Custo anual da osteoporose no Brasil é de R$ 1,2 bilhão. Veja Saúde. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/saude/custo-anual-da-osteoporose-no-brasil-e-de-r12-bilhao/>. Acesso em: 27 Set 2022.
Eliana Eiras Carpinelli
Obrigada pelas informações, sempre esclarecendo nossa fisiologia.☺️