Dr., meu bebê nasceu com dedos a mais e agora?
O diagnóstico desta condição médica nem sempre é fácil para mamães, papais e tutores. Com o susto vem os medos, pensamentos intrusivos e inúmeras questões. E no caso da polidactilia, quando um ou mais dedos extras nascem no bebê, não é diferente. Afinal, o que é possível fazer pelo bebê?
Bom, mamães, papais e tutores: podem ficar calmos! Essa condição é relativamente comum e não oferece nenhum risco à saúde do bebê. Ela pode ser identificada no pré-natal, ou ainda no nascimento do bebê, e os passos seguintes sobre o que fazer serão determinados pelo médico especialista.
O que determinará se o tratamento será imediato ou não é a composição dos dedos, sua localização e a idade do bebê, além de outras condições associadas às mãos ou ao bebê.
A cirurgia resolve a polidactilia, mas dependendo do tipo e das demais condições, pode ser necessário terapias, como a fisioterapia, ou acompanhamento das outras condições do bebê. No geral, a polidactilia é algo isolado, podendo ter histórico na família ou não.
Quais as cirurgias para a polidactilia em bebês?
O primeiro passo é analisar cuidadosamente onde o dedinho está localizado, sua composição e como ele se conecta ao corpo. Neste caso, existem dois procedimentos, sendo o primeiro mais defasado:
• Quando o dedinho está conectado ao resto do corpo por apenas uma ponta de pele, o médico pode sugerir a amarração do membro e ele irá cair em poucas semanas. Porém, este não é o método que eu acho o mais indicado e adequado. Isto dói até haver a morte deste dedo e pode ficar uma bolinha resquicial (chamado de nib) que pode ser fonte de traumas de repetição, sangramentos pela sua fragilidade e dor local.
• A cirurgia em si. Este é o melhor método para casos mais simples e o método de escolha para casos mais complexos. Pode ser realizado com a criança já grandinha, geralmente a partir dos 6 meses de vida. Além de ser mais seguro e contar com o acompanhamento de especialistas, ela garante que a criança não sinta dor, não tenha traumas no local da lesão e tenha maior qualidade de vida pós-operatória.
Para alguns casos, ocasionalmente é necessário a fixação por poucas semanas de um fio metálico para permitir a cicatrização de tecidos em torno dos ossos, geralmente ligamentos, em que é necessário reinserir em casos mais complexos. Além disso, é possível que a criança possa necessitar de um acompanhamento fisioterapêutico após a cirurgia.
O ideal é sempre buscar a opinião de um médico especializado, em acompanhamento com o pediatra da criança.
E depois da cirurgia?
No pós-operatório, devido ao trauma cirúrgico, o médico irá receitar analgésicos ou mesmo antibióticos. O processo de cicatrização costuma ocorrer sem maiores surpresas e logo a criança volta à sua rotina.
Mesmo sendo um processo que tenha grande sucesso, é importante que a criança mantenha o acompanhamento com o médico para avaliar como este membro irá se desenvolver, além do próprio pediatra, pois, eles serão responsáveis por acompanhar a saúde dos pequenos como um todo e orientar os próximos passos rumo a uma qualidade de vida extraordinária!
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Ficou na dúvida? Consulte hoje mesmo um médico especialista em mãos e garanta a saúde dos pequenos por toda a vida! 🌿
Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746 | TEOT 15.322 | RQE 79113
Fonte: https://www.childrenshospital.org/conditions/polydactyly
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