“Cotovelo do tenista”: como tratar a epicondilite lateral?
Se você já jogou uma partida de tênis – ou pelo menos assistiu – sabe bem que o cotovelo tem um papel fundamental na sustentação dos movimentos e é uma das articulações mais estimuladas.
E pensando não apenas no resultado do jogo, mas também na qualidade de vida do atleta, precisamos ficar de olho em possíveis lesões que afetam essa região. Um bom exemplo é a chamada epicondilite lateral, provocada por exemplo por uma técnica incorreta ou até mesmo por um equipamento com ajuste não ideal.
O QUE É EPICONDILITE LATERAL?
Popularmente conhecida como “cotovelo de tenista”, a epicondilite é a causa mais comum de dores nessa região do braço. Em resumo, o quadro é causado por diversos traumas na parte lateral do cotovelo (epicôndilo lateral), onde estão localizados pelo menos seis tendões importantes para o movimento do antebraço, punho e dedos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, apesar de estar normalmente associada aos tenistas, essas degenerações também podem ser observadas em outros grupos de pessoas, como: indivíduos de 40 a 50 anos de idade, atletas de outros esportes que exigem rotação do antebraço, profissionais que exercem muita força ou repetição de movimentos, pessoas sedentárias e muitas outras.
O QUE O PACIENTE COM EPICONDILITE SENTE?
Do ponto de vista dos sintomas, a epicondilite costuma provocar dores intensas e alta sensibilidade na parte lateral do cotovelo afetado. Além de se estender para os músculos do antebraço, essa dor normalmente piora conforme o paciente faz pequenos movimentos na articulação, como ao escovar os dentes, escrever ou levantar um peso, como segurar um simples copo.
COMO OCORRE O DIAGNÓSTICO?
Diante de um desconforto nessa parte do braço, independentemente de ser atleta ou não, é importante que o paciente procure um ortopedista.
O diagnóstico de uma epicondilite lateral é feito inicialmente com avaliações clínicas, quando o médico apalpa a região, simular alguns movimentos e identificar o que o paciente sente diante dos estímulos.
Sempre que necessário, o especialista pode indicar exames de imagem que vão complementar a análise. Hoje em dia, os mais comuns e eficazes são a ultrassonografia e a ressonância magnética.
COMO TRATAR A EPICONDILITE LATERAL?
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o que esse problema representa para a qualidade de vida, chegou a hora de saber que ele pode e deve ser tratado da maneira adequada.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia reforça que a recuperação de uma crise de epicondilite depende de várias questões, como a idade do paciente, seu estado geral de saúde, a gravidade da situação e a reincidência do problema. Esses pontos também influenciam na decisão de qual técnica será adotada para tratar o problema.
Após a revisão de alguns estudos sobre o assunto, pesquisadores defendem que o tratamento não cirúrgico ainda é o mais adequado para a maioria dos casos. Em geral, todas as técnicas têm o objetivo de controlar a dor, preservar o movimento do cotovelo, recuperar a força e resistência, restaurar a função do membro e prevenir outras degenerações.
Hoje em dia, um paciente com epicondilite lateral de menor gravidade pode recorrer a medicamentos anti-inflamatórios, sessões de fisioterapia, repouso, compressas frias, acupuntura e injeções de corticoidese ácido hialurônico. Essas alternativas devem ser adotadas somente após a avaliação e recomendação do médico.
Vale a pena ressaltar que cerca de 80% dos casos leves tendem a ser controlados após alguns meses de tratamento, permitindo que o paciente volte às suas atividades normais sem prejuízos.
Por outro lado, quando a dor se torna permanente e as técnicas convencionais não mostram resultado, é necessário considerar as artroscopias e microcirurgias de regeneração do local.
Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, lembre-se que eu estou à disposição. Você pode acompanhar os conteúdos que publico nas redes sociais @drrodrigopaixao ou agendar uma consulta pelos telefones de contato que estão aqui no topo do meu site.
–
Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746
Cirurgia de Mão e Microcirurgia
Deixe um comentário