Dedo em gatilho: entenda os 4 graus da doença e tratamentos
O dedo em gatilho, também conhecido como tenossinovite estenosante, é uma condição que afeta os tendões dos dedos e do polegar, levando a uma sensação de travamento ou dificuldade ao dobrar e endireitar os dígitos.
Neste artigo, vamos examinar em detalhes os diferentes graus da doença, seus sintomas, métodos de diagnóstico, opções de tratamento e a crucial necessidade de buscar orientação médica especializada.
Os graus da doença
O dedo em gatilho apresenta uma progressão em quatro graus, cada um caracterizado por diferentes sintomas e níveis de gravidade:
- Grau 1: Neste estágio inicial, ocorre dor na base do dedo afetado, frequentemente acompanhada por uma sensação de sensibilidade. A amplitude de movimento ainda não é significativamente afetada.
- Grau 2: O segundo estágio traz consigo um aumento da dor, juntamente com um travamento momentâneo ao dobrar ou esticar o dedo. A rigidez pode ser mais perceptível pela manhã ou após períodos de inatividade.
- Grau 3: A dor se intensifica, e o dedo agora fica preso na posição dobrada, exigindo uma manobra ativa ou passiva para endireitá-lo. A rigidez persistente é uma característica desse grau.
- Grau 4: No estágio mais avançado, o dedo permanece permanentemente dobrado, e os esforços para esticá-lo se tornam ineficazes. Isso pode causar limitações significativas na função e no uso da mão.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas típicos do dedo em gatilho incluem:
- Um caroço sensível na base do dedo ou polegar.
- Sensação de travamento, clique ou estalo durante o movimento.
- Dor ao dobrar ou esticar o dedo.
- Rigidez, frequentemente mais pronunciada após períodos de inatividade.
O diagnóstico é geralmente feito por um médico após uma avaliação clínica, que inclui examinar a área afetada em busca de sensibilidade, espessamento ou inchaço na bainha do tendão. Testes adicionais como raios-x raramente são necessários para confirmar o diagnóstico.
Opções de tratamento
- Não Cirúrgicas:
- Descanso: Evitar atividades que exacerbem os sintomas pode promover a recuperação.
- Tala: O uso de uma tala à noite pode manter o dedo em uma posição reta, auxiliando na melhora dos sintomas.
- Exercícios de Alongamento: Práticas suaves de alongamento podem reduzir a rigidez e melhorar a amplitude de movimento.
- Medicamentos: Medicamentos de venda livre, como paracetamol e anti-inflamatórios, podem aliviar a dor e a inflamação.
- Injeções de Esteroides: Em casos em que os sintomas persistem, injeções de corticosteroides podem ser administradas na bainha do tendão para reduzir a inflamação.
- Cirúrgicas:
Quando o tratamento não cirúrgico não é eficaz, a cirurgia pode ser considerada. O procedimento visa liberar a pólia A1 para permitir que o tendão flexor deslize com facilidade. A cirurgia é geralmente realizada em regime ambulatorial e tem alto índice de sucesso na melhora dos sintomas.
Busque atendimento especializado
A busca por um médico especializado é fundamental em todas as fases do dedo em gatilho. Um profissional de saúde experiente pode fazer uma avaliação precisa da condição, determinar o grau da doença e recomendar o tratamento adequado. Além disso, o diagnóstico precoce e a orientação médica adequada podem prevenir complicações e limitações funcionais a longo prazo.
Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746 | TEOT 15.322 | RQE 79113
Fontes:
“Trigger Finger – Trigger Thumb – OrthoInfo – AAOS.” Aaos.org, 2010, orthoinfo.aaos.org/en/diseases–conditions/trigger-finger/.
ti_sbot. “Dedo Em Gatilho.” SBOT, sbot.org.br/dedo-em-gatilho/.
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