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Dr Rodrigo Paixão

SaúdeEntenda mais sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica

Entenda mais sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença que afeta nervos motores e consequentemente pode afetar o movimento das mãos.

Hoje quero conversar com vocês sobre uma doença que afeta os nervos motores e que pode comprometer o movimentos dos braços e mãos. A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara, com causa desconhecida e sem cura. Por afetar nervos motores, prejudica a qualidade de vida do paciente.

O que a ELA e quais seus tipos?

A ELA se caracteriza pelo dano nas células nervosas responsáveis pelo controle dos movimentos musculares. Esse dano prejudica a comunicação que há entre o cérebro, a medula espinhal e os músculos. Por isso, a pessoa diagnosticada com ELA apresenta dificuldade para realizar qualquer tipo de movimento.

Existem dois tipos da doença:

  • Esporádico: o tipo mais comum e de causa desconhecida;
  • Familiar:  está associado ao histórico familiar, ou seja, a doença é hereditária.

Os sintomas da ELA aparecem por volta dos 50 anos, mas pode afetar jovens. Apesar da sua baixa incidência é importante conhecermos sobre e ficarmos atentos aos sinais.

Não há uma causa comprovada para a ELA, mas estima-se que 10% dos casos sejam de origem genética. Entretanto, alguns especialistas sugerem que alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver a doença, como: tabagismo, menopausa (em mulheres) e exposição a produtos químicos (como o chumbo).

Quais são os sinais, diagnóstico e tratamento para a ELA?

Os primeiros sinais da ELA são alterações nos movimentos musculares. Isso pode incluir: espasmos, câimbras, contrações desreguladas (nas pernas, braços e língua) e fraqueza muscular. Com o avanço da doença, este sintomas de fraqueza progridem para uma atrofia muscular, comprometendo os músculos essenciais para a respiração.

A medida que a ELA progride, os músculos das mãos e dos dedos enfraquecem e atrofiam, resultando em dificuldades para realizar tarefas simples, como: segurar objetos, digitar, escrever ou realizar gestos com precisão. A fraqueza muscular nas mãos pode afetar a capacidade de agarrar, movimentar os dedos individualmente ou realizar movimentos finos e delicados.

O diagnóstico normalmente é feito através da história do paciente e com alguns exames que verificam a atividade elétrica das fibras musculares (Eletromiografia).

Atualmente, os tratamentos que existem para ELA se baseiam na diminuição da velocidade da progressão da doença com o objetivo de prolongar a vida do paciente.

Existem estratégias para os pacientes com ELA lidarem com as dificuldades nas mãos.

Algumas estratégias podem ser adotadas para os pacientes lidarem com as dificuldades em movimentar a mão:

  1. Auxílios para a mobilidade: dispositivos adaptados como talheres especiais, teclados adaptados, que auxiliam a manter as atividades diárias;
  2. Terapia ocupacional: o terapeuta ocupacional auxilia no desenvolvimento de estratégias e exercícios para manter a função das mãos;
  3. Dispositivos eletrônicos: hoje em dia já podemos contar com dispositivos que auxiliam na comunicação do paciente com ELA através de um computador.

É importante lembrar que a progressão da ELA varia de pessoa para pessoa, e cada indivíduo pode enfrentar desafios diferentes. Por isso, é importante o acompanhamento por uma equipe médica, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para auxiliar com suporte e orientação adequados.

Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746 | TEOT 15.322 | RQE 79113

Fonte:Traumatologia e Ortopedia. Esclerose Lateral Amiotrófica. Disponível em: https://traumatologiaeortopedia.com.br/informe/esclerose-lateral-amiotrofica/

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