Já sentiu o “pulso aberto”? Saiba o que isso significa

Seja no trabalho, em casa ou até mesmo nas aulas de educação física dos tempos de escola, você provavelmente já teve ou presenciou alguém que disse estar com “pulso aberto”.

Essa expressão serve, em linhas gerais, para representar uma dor ou desconforto na região do punho, e que normalmente está forte o bastante para nos impedir de realizar alguma atividade ou mesmo de segurar um simples objeto.

Mas será que estar com o “pulso aberto” é motivo de preocupação? Existe outro nome para essa condição? Qual a forma certa de tratar o problema?

O QUE É “PULSO ABERTO”?

A articulação do punho é formada por uma série de estruturas complexas e altamente sensíveis que precisam estar em pleno funcionamento para não atrapalharem os movimentos do dia a dia. Nesse conjunto, são vários ossos, tendões e ligamentos que, diante de um trauma, cisto ou esforço exagerado, podem atrapalhar a biomecânica do punho e gerar dor e desconforto.

A título de curiosidade, o carpo é um conjunto de 8 ossos presentes em nosso punho: escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato e hamato. Além deles, há ainda mais de 20 ligamentos no punho, que participam da articulação do punho. 

Ou seja, é importante que todos estejam bem alinhados, equilibrados e fortalecidos para não haver nenhuma fraqueza, dor ou perda de movimento, para que todos eles funcionem de maneira harmônica.

Do ponto de vista das causas, os estudos nos mostram que uma instabilidade do carpo pode acontecer em função de problemas como uma osteonecrose, artrite, doenças neurológicas, câncer, malformação congênita, cistos e fraturas. Na prática, identificar esse fator influencia bastante no tipo de tratamento a ser adotado pelo médico.

QUAIS OS SINTOMAS?

Dentre todas as manifestações de uma instabilidade do carpo, a mais comum certamente é a dor intensa na região, especialmente ao tentarmos forçar um movimento, apoiar o corpo ou segurar um objeto um pouco mais pesado.

São frequentes, ainda, as queixas de inchaços, formigamento, rigidez local e estalos ao mover o punho.

Vale a pena destacar que o diagnóstico precoce é importante não apenas para agilizar o tratamento e controlar os sintomas, mas também para diminuir as chances de complicações mais sérias.

COMO TRATAR O PULSO ABERTO?

O primeiro passo nessas condições de dores e inchaços no punho sempre será a realização dos devidos exames.

Além de observar o caso de maneira clínica, o ortopedista geralmente solicita radiografias (raio X) – em algumas situações mais de uma vez. Nesses exames pode ser importante realizar alguns movimentos específicos, segundo a recomendação do médico. 

Se necessário, outros exames podem ser pedidos. É dessa forma que reconhecemos a causa e sabemos, de fato, o que é preciso ser feito para recuperar a saúde e qualidade de vida do paciente.

Os casos mais leves podem incluir o uso de medicamentos para dor, medidas analgésicas como crioterapia (gelo), calor local, ou um período de imobilização do punho afetado. Essas técnicas ajudam a desinchar o local e facilita a recuperação das lesões.

Dependendo da situação, o ortopedista também pode aplicar injeções com medicamentos (infiltrações) e até mesmo indicar algumas sessões de fisioterapia. 

Lembre-se: somente quando fechado o diagnóstico haverá a definição do melhor tratamento para o seu caso. Este período de investigação é um momento que pode levar a uma grande intensidade de sentimentos em algumas pessoas, seja ansiedade, medo, receio, raiva ou culpa. Não desanime, juntos podemos tratar seu problema da melhor forma! 

Nenhum problema ficou mais fácil de resolver quando foi ignorado – enfrentar este problema também ajudará a acalmar os seus ânimos e resolver este fator de ansiedade.

Pode ser necessário realizar uma cirurgia. Isto dependerá de uma série de características relacionadas ao problema, gravidade e também às características e necessidades do paciente. Ou seja, a mesma lesão em um paciente pode ser tratada com cirurgia enquanto em outro o ideal pode ser outro tipo de tratamento. 

Caso a cirurgia seja indicada, o cirurgião dará início às correções necessárias. Nesse momento ele pode limpar os tecidos danificados, reconstruir alguma estrutura machucada ou até mesmo juntar os ossos quebrados. Isto pode ser feito por vídeo (artroscopia ou cirurgia endoscopica) ou por via aberta. Por ser menos invasiva, a cirurgia por vídeo permite menos dor no pós operatório, tem uma recuperação mais rápida e é mais estética. 

Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, lembre-se que eu estou à disposição. Você pode acompanhar os conteúdos que publico nas redes sociais @drrodrigopaixao ou agendar uma consulta pelos telefones de contato que estão aqui no topo do meu site. 

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Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746Cirurgia de Mão e Microcirurgia