Jovens e homens: as maiores vítimas de traumatismos nas mãos
Dos mais simples aos mais graves, os traumas nas mãos estão entre as principais queixas levadas ao consultório de um ortopedista, principalmente entre o público masculino e jovem. Essa é, também, uma demanda frequente em hospitais de pronto atendimento, visto que causa dor, assusta e oferece riscos urgentes à saúde.
POR QUE PRECISAMOS FALAR DESSE ASSUNTO?
Um artigo publicado na Revista Brasileira de Ortopedia afirma que, curiosamente, a incidência de traumatismos nas mãos é ainda maior nos países em desenvolvimento, com maior índice de pobreza e economia informal. Em geral, existem pelo menos quatro fatores que explicam esse fato: altas taxas de violência urbana; aumento dos acidentes de trânsito; falta de acesso a máquinas e equipamentos seguros; e falta de campanhas públicas de prevenção.
Uma vez comprometidas, as mãos interferem diretamente em atividades comuns da nossa rotina, como a escrita, culinária, comunicação, trabalho e direção veicular. Para muitas pessoas, esse prejuízo significa, também, perda de independência, falta de oportunidades, isolamento e danos à saúde mental.
Mais do que nunca, é a hora de redobrarmos a atenção em casa, no trabalho e nas ruas, evitando qualquer situação que nos coloque em risco. Vale a pena, ainda, compartilhar informações seguras e evitar receitas populares para lidar com as lesões.
QUAIS OS TIPOS DE TRAUMAS?
Resumidamente, eles podem ser classificados em:
- Ferimentos incisos: são aqueles causados por objetos cortantes, como facas, estiletes e bisturis. Normalmente provocam sangramento e rupturas.
- Corto-contusos: são os cortes provocados por uma contusão (pancada).
- Por esmagamento: como o próprio nome indica, são os casos de alta pressão sobre o membro, muito comum em acidentes de trânsito e trabalho.
- Por avulsão: acontecem após um movimento brusco que rompe o osso, tendões e/ou nervos.
- Complexos: para muitos especialistas, são os casos múltiplos, repetitivos ou crônicos.
COMO TRATAMOS ESSES TRAUMAS?
Durante o atendimento médico, sempre observamos se existe uma amputação, perda de tecido, compressão de nervos, ruptura de tendões ou fraturas ósseas. Outros pontos importantes a serem observados são o tempo em que o paciente ficou lesionado até buscar atendimento, o material envolvido no trauma, a força do impacto e as medidas de primeiros socorros adotadas logo de início.
Com os avanços nas técnicas de cirurgia da mão e microcirurgia, um ortopedista especializado consegue tratar pequenas estruturas com alta precisão. Em geral, após um trauma, é necessário fazer o “desbridamento”, que consiste em retirar todo tipo de tecido machucado e que pode prejudicar a cicatrização do local. Isso é importante porque, acima de tudo, previne infecções, alivia a pressão no local e ajuda no processo de reconstrução.
Independentemente do que tenha acontecido com você, procure um pronto atendimento o quanto antes! Essa primeira consulta vai definir os próximos passos e pode impactar, inclusive, no seu futuro. Não ignore o problema, não tome analgésicos e nem tente “voltar ao lugar”. Sua saúde é a prioridade!
Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, eu estou à disposição. Você pode acompanhar os conteúdos que publico nas redes sociais @drrodrigopaixao ou agendar um horário pelos telefones de contato que estão aqui no topo do meu site.
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Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746
Cirurgia de Mão e Microcirurgia
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