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Dr Rodrigo Paixão

CirurgiaPesquisa afirma que a realidade virtual ajuda a reduzir a ansiedade dos pacientes e a necessidade de sedativos durante cirurgias de mão

Pesquisa afirma que a realidade virtual ajuda a reduzir a ansiedade dos pacientes e a necessidade de sedativos durante cirurgias de mão

A realidade virtual está se tornando uma amiga para pacientes que necessitam passar por procedimentos cirúrgicos. 

A necessidade de passar por um procedimento cirúrgico representa um momento desafiador e estressante para o paciente, pois além do diagnóstico, o temor relacionado ao procedimento, especialmente à anestesia, pode se manifestar. A ansiedade é particularmente evidente em pacientes submetidos a bloqueio de nervos, ao invés de sedação ou anestesia geral, como é comum em cirurgias nos membros superiores.

Essa preocupação constante entre os médicos levanta a seguinte questão: Como podemos diminuir o medo e a ansiedade dos pacientes, proporcionando-lhes uma experiência menos traumática?

Uma pesquisa conduzida na Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, abordou essa questão essencial: “Por que não oferecer distração aos pacientes?”. Essa indagação conduziu a uma investigação inovadora recentemente publicada, que comparou a satisfação de pacientes submetidos a cuidados anestésicos monitorados (MAC) com aqueles que experimentaram a realidade virtual durante cirurgias de mão.

O que é Realidade Virtual (RV)?

Esta nova tecnologia, é um ambiente virtual, criado por um computador, com cenas e objetos que parecem reais. Ao induzir efeitos visuais, sonoros e até táteis, a realidade virtual permite a imersão completa em um ambiente simulado, com ou sem interação do usuário.

Esta tecnologia é muito utilizada para o lazer, mas a medicina já está utilizando para tornar alguns procedimentos mais fáceis para o paciente. 

Foi o que aconteceu neste estudo. A pesquisa explorou se a RV poderia proporcionar efeitos semelhantes no controle da ansiedade, sem os efeitos colaterais associados à sedação. O estudo envolveu 40 participantes submetidos a cirurgias eletivas de mão, divididos em dois grupos: um recebendo apenas cuidados anestésicos monitorados e o outro experimentando a RV juntamente com os cuidados anestésicos.

Os resultados são animadores: os participantes do grupo de RV receberam menos propofol, um anestésico comum, por hora, em comparação com o grupo de controle MAC. Embora a satisfação geral e outros desfechos não tenham mostrado diferenças significativas, os pacientes de RV experimentaram um tempo de permanência na sala de recuperação pós-anestésica significativamente reduzido.

Os pesquisadores destacam que essa abordagem proporciona conforto aos pacientes por meio da imersão em ambientes virtuais, enquanto mantêm a consciência durante a cirurgia. Isso não apenas reduz a necessidade de sedativos, mas também abre a porta para uma comunicação bidirecional eficaz entre a equipe médica e os pacientes.

Medicina e tecnologia de mãos dadas.

Este trabalho ressalta a tecnologia como uma aliada indispensável no tratamento de pacientes. Sua contribuição vai além do avanço de equipamentos e medicamentos, transformando-se em uma nova abordagem para aprimorar os procedimentos e elevar o conforto dos pacientes.

Preocupado com estas questões, você, caso seja submetido a um tratamento com anestesia local, será perguntado que tipo de música deseja escutar enquanto é operado, já que essa integração tecnológica permite que o bem-estar do paciente permaneça no cerne de qualquer procedimento médico. Eu acredito que uma abordagem mais centrada no indivíduo é o caminho para uma medicina melhor.

Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746 | TEOT 15.322 | RQE 79113

Fontes: Adeel A. Faruki, Thy B. Nguyen, Doris-Vanessa Gasangwa, Nadav Levy, Sam Proeschel, Jessica Yu, Victoria Ip, Marie McGourty, Galina Korsunsky, Victor Novack, Ariel L. Mueller, Valerie Banner-Goodspeed, Tamara D. Rozental, Brian P. O’Gara. Virtual reality immersion compared to monitored anesthesia care for hand surgery: A randomized controlled trial. PLOS ONE, 2022; 17 (9): e0272030 DOI: 10.1371/journal.pone.0272030

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