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Dr Rodrigo Paixão

Traumas OrtopédicosPessoas com diabetes têm maior risco de sofrer fraturas

Pessoas com diabetes têm maior risco de sofrer fraturas

O diabetes mellitus (DM) é uma doença que afeta regularmente o cotidiano dos pacientes. Quem possui esta doença precisa medir a glicose sanguínea com frequência, fazer uso das injeções de insulina, utilizar medicamentos para reduzir a glicose (quando indicado), manter uma alimentação adequada além de inserir a prática de atividades físicas na rotina.

Além disso, o diabetes possui diversas complicações que prejudicam muito a vida das pessoas. O excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia) danifica os vasos sanguíneos mais finos que há no corpo – sobretudo os vasos dos rins, do fundo dos nossos olhos, os que nutrem os nossos nervos e os das extremidades. Com isto, os riscos aumentam de desenvolver complicações oculares, neurológicas, cardiovasculares e renais. A hiperglicemia não controlada, a longo prazo, leva à doenças nos rins, olhos e nervos, além de problemas como o pé diabético, que é uma grande causa de amputação. Ademais, pesquisas recentes vêm relacionando a diabetes com o risco aumentado de fraturas ósseas.

O que é diabetes?

O DM é uma doença metabólica silenciosa  que possui diferentes origens, dependendo do diagnóstico do paciente. Suas principais características são a falta de insulina e/ou incapacidade da mesma exercer suas funções, resultando no acúmulo de glicose na corrente sanguínea. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e sua principal função é iniciar o direcionamento do açúcar que está no sangue para dentro das células para a produção de energia. 

Quando o funcionamento da insulina está comprometido, a glicose (açúcar) permanece em excesso na corrente sanguínea, levando a diversas complicações. O diabetes pode ser categorizado em dois principais tipos: diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, que serão abordados a seguir.

Como essa doença aumenta o risco de fraturas?

Já é conhecido que pacientes com DM2 possuem um aumento da densidade mineral óssea e que, apesar disto, a DM2 também está associada com o aumento dos riscos de fratura. Além da própria doença, fatores como as medicações utilizadas pelos pacientes, complicações do diabetes, duração da doença e controle inadequado da glicemia estão associados com esse aumento. Além do risco da glicemia aumentada, quando ela cai demais – os episódios hipoglicêmicos – ocorre o risco de queda e consequentemente de fraturas.

Pesquisas recentes indicam que pacientes com DM2 e que precisam utilizar a insulina estão 38% mais propensos a fratura no início dos estágios da doença. Essa ação pode se dar de duas formas: devido ao aumento do risco de hipoglicemia  e devido à desregulação do processo de renovação das células ósseas. Além disso, pacientes jovens com DM1 possuem uma incidência maior de osteopenia e osteoporose.

Diabetes Mellitus tipo 1

O DM1 corresponde a, aproximadamente, 5 a 10% dos casos de diabetes. Nesse tipo, há um processo autoimune no qual o sistema imunológico do paciente ataca as células pancreáticas que produzem insulina e o resultado é a falta ou quantidade insuficiente de insulina disponível para o metabolismo do açúcar.

Pacientes diagnosticados com DM1 dependem da injeção de insulina durante toda a vida, visto que não há a produção de insulina. Esse tipo de diabetes geralmente é diagnosticada na juventude e alguns sintomas são: perda de peso, fome frequente, sede constante e vontade de urinar diversas vezes ao dia.

Diabetes Mellitus tipo 2

O DM2 é o tipo mais comum da doença, representando cerca de 90% dos casos e é resultado da resistência adquirida à insulina. Em outras palavras, os pacientes de DM2 possuem um pâncreas funcional e que produz insulina (às vezes, em baixas quantidades), porém a ação do hormônio fica dificultada (as células ficam resistentes à insulina) e então o açúcar fica em excesso na corrente sanguínea. 

Geralmente o DM2 é assintomático e mais comum após os 40 anos, porém a incidência é maior em pessoas com síndrome metabólica (que não é somente mas compreende o excesso de peso), comportamento sedentário, hábitos alimentares não saudáveis e histórico familiar. O tratamento é feito com mudança no estilo de vida (fator fundamental, que aborda atividades fisicas, melhora dos hábitos da dieta) e medicações, Dentre seus principais sintomas estão: fome e sede frequente, formigamentos nos pés e mãos, vontade de urinar diversas vezes e visão embaçada.

Há aumento do risco de patologias específicas da mão, como síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho e outros tipos de problemas de tendão. A formigação no caso da pessoa diabética- sobretudo quando ela tem mais tempo de doença – é devido também (mas não somente) a lesão que a diabetes ocorreu nos nervos. 

Caso você tenha diabetes: se cuide e mantenha seus níveis glicêmicos dentro dos valores adequados, evite quedas e mantenha o acompanhamento médico em dia para evitar fraturas e outros problemas de saúde.

Dr. Rodrigo Paixão – CRM 161746 | TEOT 15.322 | RQE 79113

Referências

CONHEÇA os perigos do diabetes. Bayer. Disponível em:< https://www.bayer.com.br/pt/blog/conheca-perigos-diabetes.>. Acesso em: 17 Out 2022.

DEFINIÇÃO – Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) no adulto (Primeira Versão). Ministério da Saúde –  Linha de Cuidado.Disponível em:<https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/diabetes-mellitus-tipo-2-(DM2)-no-adulto/definicao-diabetes-mellitus-tipo-2-DM2-no-adulto/>. Acesso em: 17 Out 2022.

DIABETES (diabetes mellitus). Governo do Estado do Paraná. Acesso em:< https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Diabetes-diabetes-mellitus.>. Acesso em: 17 Out 2022.

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